terça-feira, 9 de setembro de 2008

Urbe II


A cidade de Anchieta feita a mão, humano viveiro
feito prédio de poesia, vendida na galeria
volta aos Concretos de letras engenheiros.

Bebe gelada a cerveja, embriaga copos ao meio
no grito alto: Gol! Show da massa
Neste erótico conto, branco e vermelho.
E vista de baixo. Cinza sobe a fumaça.

Por uma das lotações e ônibus
Engarrafada a avenida foi cruzada
E foi cruzado o céu pelo Airbus

Nauseada, boca-quente na TV.
Uma cidade encantada, rouca como macho,
na encruzilhada Pinheiros-Tietê.
Foi posto um despacho.

Urbe I


Foi posto um despacho
na encruzilhada Pinheiros-Tietê.
Uma cidade encantada, rouca como macho,
Nauseada, boca-quente na TV.

Foi cruzado o céu pelo Airbus.
Engarrafada a avenida foi cruzada
por uma das lotações e o ônibus.

Vista de baixo. Cinza sobe a fumaça.
Neste erótico conto, branco e vermelho
no grito alto: Gol! Show da massa
bebe gelada a cerveja embriaga copos ao meio.

Volta aos Concretos de letras engenheiros
feito prédio de poesia, vendida na galeria
À cidade de Anchieta feita a mão, humano viveiro.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Construção


Um sorriso pela manhã acordou o dia
Não era homem ou mulher, mas um bebê que sorria
Um olhar de pedido que me via
A mão com carinho descarado a seu pedido cedia
Assim cresce a construção...

O e-mail trocado: “Te amo”, no meio do dia
A mulher velha ajudada agradece a cortesia
Atenção para o amigo cujo relato comovia
Assim cresce a construção...

Cresce, encorpa e floresce
Carrega-se de frutos que gostos apetecem
Maduros os dias, seus frutos descem
À terra caindo perto da madeira
E novas construções fortalecem
Esta é a via e todo o Ser humano.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Em PretoeBranco


Em preto e branco vai a vida
sobe escada e rebola ainda
corre solta na avenida
flutua e fura os faróis.

Em preto e branco calça-e-camisa
garçom na mesa chope descia
padre na missa altar subia
brilham nos céus outros sóis

Em preto e branco festeja a alegria
dura realidade clara fugidia
brindam juntas as amigas bebem alcoóis

Em preto e branco toca piano, marimba ria
cerimônia dança catarse euforia
amor virgem alvo mancha lençóis.

Em preto e branco têm suas crias
crescem crianças correm estes dias
e envelhece a vida.
- Amor, agora, enfim sós!