"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
terça-feira, 1 de julho de 2008
Meu coração.
Frio no peito
geléia-real da ciência
acaricia o externo
a procura da fibra
que vibra 120 vezes por minuto.
Desfibrila 220 joules... um luto.
O Eco na tela figura pretoebranca.
A imagem é de eco e nem um resto
da coisa imaginada surge.
Ruge, e urge, e pulsa disforme.
Contraste, brilho, cinza.
-Onde está?
Não encontro a emoção,
nada de sentimento.
E neste momento...
-Pode se virar, por favor!
Nada na aurícula,
nada no ventrículo.
Sístole e diástole.
-Um sopro!
Mas tudo OK.
-Acabou.
Vou sair desta sala,
e procurar naquela mala
o poema que descrevia um coração.
Vou copiá-lo perfeito
Vou pregá-lo no peito
neste lado, o direito.
O da mediciana foi uma decepção.
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