quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Narcisos Amarelos


dedicado ao poeta William Wordsworth
 autor do poema Daffodils (Narcisos amarelos)

As flores amarelas na foto
beijam em febre meus olhos
que abertos em lagos marejados
fazem-nas balançar suas cabeças de prazer.

O vento encanado do ar-condicionado
enche de neblina meu amplo cubículo, onde escrevo.
E a fumaça rara sobe ao cume das minhas montanhas de livros.

A luz-negra ofuscante do fundo do corredor
me traz as imagem dos narcisos amarelos
que de romanticos olhos no campo não vi.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Encantamento

Brilha, a beleza
Do trilho
Que abandonei

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Telegrama social

A gota vermelha.
Do sangue inocente.
Não contamina.
A pureza silenciosa.
Da multidão.

domingo, 29 de agosto de 2010



Quando caí em mim fugi pro monte.
No abismo de mim, submerso no egoísmo
de dor, minha, que tortura a alma.


Acima, as nuvens formam rostos,
que ao vento se tornam rotos.
Monstros, inferno dos outros.


No fundo deste ser que se contorce imóvel
no alto do monte.
A cidade à seus pés.
O vento ascende em viés.
Estupida alegria da ralé
perturba a calma deste poço em mim;
que se evapora à beira do abismo deste mesquinho fim.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Morning

Breath in, breath out.
Fresh air into my lungs
Shivers up my mind.

Breath in, breathe out.
Blue building, tall,
Across the street,
Into the sky of blues.

Breath in, breath out.
A sight of two blue eyed blondes
Talking out boring words in.

Breath in, breath out.
And the mind doesn't mind
We're here, still and alive.

sábado, 3 de julho de 2010

Fragmento


Oi!
Uhum.
Mas...
Não.
Pronto!
Não digo mais nada.

e eu?


                                                                  Deu bandeira, eu vi.
                                                                  nem me viu...
                                                                  Bandeira escreveu
                                                                  não li.
                                                                  fui de bandeira 2
                                                                  sumi.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um toque


amor eu sei Jogar
não sei Amor
mas se quiser
Me liga.

sábado, 1 de maio de 2010

Poema avulso II



O que digo é da boca pra fora,
e jorra, escorre. Palavra,
sem sentido procurando
o rumo do vento para voar...
e flutuar... progredir... e difundir...
Então cai.
Se fixa no chão e seca
morta, se abre pro céu...
Caem sobre ela argumentos,
modos e outros pensamentos.
Procura a terra, fica em pé,
e cresce num amálgama de outros temas

e morfemas, teoremas, significados.
Agora, já desponta uma ideia, minha.
Um ideograma de sentido hermético,
mimético de outras palvras e ideias em cadeia,
então, desabrocha a síntese. O resultado,
que verbaliza, dimamiza, concretiza
e voa...voa...
Como palavra que foi dita da boca pra fora
que jorra, escorre à procura de outro sentido.

Poema avulso I


A lei de minhas frases
é constituição intrisceca de mim
que constitui algo maior que eu,
o nós...
Que de dentro para fora constitui corpo
com outras leis constituídas de outrém,
o Homem...
Que de fora para dentro
recebe leis que demonstram sua frágil conformação...
Que é o vil e elemental Pó.

domingo, 21 de março de 2010

Ilhas de Estórias

Pessoas, seguidores, amigos, nobres desconhecidos.
Agora também ataco na área da prosa. Clique no link "Ilhas de estórias" para aceder (aceder é coisa chique, rerere) à página de contos e afins.
Deem uma olhada e deixem suas impressões o Boaz agradece.

Boaz Novas de cara nova


Porque mudar é da vida!

sábado, 20 de março de 2010



Escrevo freneticamente,
absurdamente, monstruosamente, despudoradamente.
E clico, e teclo, e Enter.
Poema escrito, sentido exprimido,
e remenda de cá, alitera de lá...
O led, a caneta, o martelo, o cinzel.
Mas que beleza Deus do céu!

Agora ao correio, à caixa de e-mail
clica,
saída,
(Espero que gostem. - entusiamo)
Enviar? OK!
...

O e-mail não chegou?
A palavra teclada cessou!
Ô memória de minhoca essa minha
que não lembra do escrito.
Ô servidor infernal
que legou minha obra-prima ao esquecimento banal.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

à polícia chinesa
Escancarado aquele ato
despudorado enfrente ao público.
Isso deveria ser proibido!
A um castigo submetido!
Essas pessoas que se expõe assim.

No meio das ruas
com o povo a circundar.
Plena quinze pras duas.

Línguas e lábios
E doces carícias
Boca um átrio
Um ósculo de malícia
Chamem a polícia!...

Imoral que nada!
Incerta é a intenção descarada
de sentimentos recalcada
ao se proibir o beijar.

domingo, 15 de novembro de 2009

Luz negra

Luz brilha
no escuro
rotundo
mudo.
Uso
um largo
sorriso
tamanho 40.
Me responde
esse e-mail
Sua resposta veio.
Dorme logo,
e desliga a luz.