"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Urbe II
A cidade de Anchieta feita a mão, humano viveiro
feito prédio de poesia, vendida na galeria
volta aos Concretos de letras engenheiros.
Bebe gelada a cerveja, embriaga copos ao meio
no grito alto: Gol! Show da massa
Neste erótico conto, branco e vermelho.
E vista de baixo. Cinza sobe a fumaça.
Por uma das lotações e ônibus
Engarrafada a avenida foi cruzada
E foi cruzado o céu pelo Airbus
Nauseada, boca-quente na TV.
Uma cidade encantada, rouca como macho,
na encruzilhada Pinheiros-Tietê.
Foi posto um despacho.
Urbe I
Foi posto um despacho
na encruzilhada Pinheiros-Tietê.
Uma cidade encantada, rouca como macho,
Nauseada, boca-quente na TV.
Foi cruzado o céu pelo Airbus.
Engarrafada a avenida foi cruzada
por uma das lotações e o ônibus.
Vista de baixo. Cinza sobe a fumaça.
Neste erótico conto, branco e vermelho
no grito alto: Gol! Show da massa
bebe gelada a cerveja embriaga copos ao meio.
Volta aos Concretos de letras engenheiros
feito prédio de poesia, vendida na galeria
À cidade de Anchieta feita a mão, humano viveiro.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Construção
Um sorriso pela manhã acordou o dia
Não era homem ou mulher, mas um bebê que sorria
Um olhar de pedido que me via
A mão com carinho descarado a seu pedido cedia
Assim cresce a construção...
O e-mail trocado: “Te amo”, no meio do dia
A mulher velha ajudada agradece a cortesia
Atenção para o amigo cujo relato comovia
Assim cresce a construção...
Cresce, encorpa e floresce
Carrega-se de frutos que gostos apetecem
Maduros os dias, seus frutos descem
À terra caindo perto da madeira
E novas construções fortalecem
Esta é a via e todo o Ser humano.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Em PretoeBranco
Em preto e branco vai a vida
sobe escada e rebola ainda
corre solta na avenida
flutua e fura os faróis.
Em preto e branco calça-e-camisa
garçom na mesa chope descia
padre na missa altar subia
brilham nos céus outros sóis
Em preto e branco festeja a alegria
dura realidade clara fugidia
brindam juntas as amigas bebem alcoóis
Em preto e branco toca piano, marimba ria
cerimônia dança catarse euforia
amor virgem alvo mancha lençóis.
Em preto e branco têm suas crias
crescem crianças correm estes dias
e envelhece a vida.
- Amor, agora, enfim sós!
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