sábado, 17 de maio de 2008

Janelas


Através dela vejo a rua,
vejo gente andando nua,
vejo a mulher que passa e esta Lua.
Através destes olhos quadrados,
semicirculares da alma, e nela versados.
Dos lados da cabeça grande que esconde
pensamentos, criações aos montes.
A verdade se nota através dela.
Limpa, clara, verde como de um carro,
insulfilme do óculos separa o dentro de fora.
Ora deixe disso, abra a janela deixe o riso
como um vento fresco encher seus pulmões.
Da janela vê-se tudo, vê-se nada
Da janela a jornada
dos olhos
que se jogam pra ver.

2 comentários:

José Oliveira Cipriano disse...

Olá, amigo!
Sempre me surpreendo, quando visito seu cantinho de coisas maravilhosas.
"Janelas" é estupendo!!!! A imagem é belíssima e o texto cheio de criatividade, musicalidade e um jogo de palavras que só você sabe manusear.
Meus aplausos!!!!!
Um grande abraço,

Oliveira

Anônimo disse...

Helo Boaz

Janela é um poema que convida para a contemplação. Inspira calma. Ele parece pedir que notemos com mais atenção nossa capacidade de OLHAR.
Quantas coisas passam por nós, pelos nossos olhos. Ao me deparar com a Janela vi construída a idéia de uma visão limitada, como se selecionasse um trecho do mundo e deixasse de fora tudo o que traz confusão e ao mesmo tempo, dentro dela, uma perspectiva do infinito! O trecho que mais gostei diz "da janela vê-se tudo, vê-se nada". Os gregos chamaram os olhos de janelas da alma, e o seu poema chama a atenção para isso: nossas janelas podem ver tudo ou nada. Podemos ver, por exemplo, bons trabalhos como o seu.

Parabens!

Continue.

Hannah