Naturalmente, sem correr, bem de vagar
Meu s braços queriam os seus
Meus olhos os teus olhos
Meus ouvidos tua voz
Foi assim, de repente, eu estava confuso
Desnorteado, articulado, mas mudo
E no fundo meus olhos diziam tudo
O que eu não quis dizer.
Mudo de pensamento, sem lugar
Procuro outro contentamento
Mas minto, pra mim
Minto e nem coro
das coisas que finjo não ver.
Mas, dá-me tua mão,
deixa sentir seu seio.
Mata em minha alma este desejo
De viver um dia em sua linda
Ilusão de ser.
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