Num ato os quatro elementos,
um instante tantos lamentos
e a fumaça sobe alta pro céu.
Domínio humano industrial
da terra brota a folha, cresce ao sol;
pisando os caminhos do campo
trabalho cansado de tantos.
Fábrica.
Molhar a matriz do solo
água límpida que bebe
sorvendo em goles
a preciosa vida mineral
domina a sede.
No ar voam as nuvens
que pra terra voltarão
num ciclo contínuo
voa o avião, o helicóptero.
O Fogo das tochas, isqueiros e fósforos;
vãs cabeças pirotécnicas incandescentes.
A fumaça desce da boca ao pulmão:
Um prazer indescritível!
A morte infalível!
O prazer de dominar
os quatro elementos.
2 comentários:
Achei maravilhoso. Descreve ao exato o prazer do cigarro, sem julga-lo.
Oi, Meu Caro!
Sou fumante e sei o verdadeiro prazer do ato de fumar e sei, também, o desprazer que virá tardiamente quando meus pulmões não puderem mais inspirar o ar que possibilita minha existência. Mas seu poema não julga,
apenas expõe, e isso é muito ético.
Meus aplausos!!!!!
Faço questão de reafirmar o quanto curto sua poesia! Viajo!!!!!
Um grande abraço,
Oliveira
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