terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Etilírico (Ethlyric)

Tocou meu cabelo naquele fio mais branco,
seguiu pelo pescoço descendo com toda intimidade,
o vento, sopra nas narinas abertas pra vida.
Vida que entra e sai sem cerimônia.

Mãos estendidas em adeus roçam meu corpo de partida.
Partem caminhos sob meus olhos e o Sol
brilha alto e forte como batida de limão na praia.

Vem, e segura em tua mão minha alma.
Leva pra longe, o máximo que puderes,
todos estes problemas, pois não posso fingir
que fujo sem rumo de mim.

Cantemos embriagados pelas esquinas
estas lembranças etílicas dos corações vagabundos,
meu e teu unidos no delírio deste chá da flor branca.

O mundo que você vê é nada
e nada é como tudo
que parece e que nos revela...
Caídos olhando as estrelas do céu insustentável.

Insustentável verso como este
de mentes vagantes nas linhas
desta escrita paixão.

Um comentário:

Thiago Borges disse...

uma boa forma de explicar a ação do álcool em seu papel de nos causar "alegria"(?)...

ótimo... visite o meu lá...