Um dia da terra batida
brota uma cidade.
Então o rio murmurava
no compasso da Bandeira.
Na eira a mandioca,
força da terra provinciana.
Nas tropas as mulas, cargas insanas.
Ouro e minerais, índios como animais.
Na terra vermelha o café negro
nas palmas brancas de um escravo.
Rico branco de alma machada
c'o sangue nobre dum Rei do Congo.
Fábrica chama no alto do minarete:
Entrada. Saída, só se for morto.
A gora o branco vindo da Itália
trabalha duro naquele fosso.
“Kasato” atraca na doca escura,
olho horizontal de face perdida
não comunica nada da cultura
branca e preta zen-budista.
Na oriente a rua irmana
judeus e árabes sobre um tabule.
As lojas abrem e na calçada
tapioca doce dum camelô.
Sobe um prédio,
sobe uma cerca,
separa o rico
do desvalido.
A cidade separa, já não une,
mata, já não cria...
O rio silêncio denuncia:
brota uma cidade.
Então o rio murmurava
no compasso da Bandeira.
Na eira a mandioca,
força da terra provinciana.
Nas tropas as mulas, cargas insanas.
Ouro e minerais, índios como animais.
Na terra vermelha o café negro
nas palmas brancas de um escravo.
Rico branco de alma machada
c'o sangue nobre dum Rei do Congo.
Fábrica chama no alto do minarete:
Entrada. Saída, só se for morto.
A gora o branco vindo da Itália
trabalha duro naquele fosso.
“Kasato” atraca na doca escura,
olho horizontal de face perdida
não comunica nada da cultura
branca e preta zen-budista.
Na oriente a rua irmana
judeus e árabes sobre um tabule.
As lojas abrem e na calçada
tapioca doce dum camelô.
Sobe um prédio,
sobe uma cerca,
separa o rico
do desvalido.
A cidade separa, já não une,
mata, já não cria...
O rio silêncio denuncia:
“Chegou mais um ônibus no Tietê.”
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