"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
domingo, 29 de julho de 2007
Paulo de Tarso
Não suporto Você!
Sua cor, seu cabelo,
Sua barba, sua fé!
Tudo me enoja.
Tudo me embrulha
O estômago, as mãos,
A vida. E a envia
Aos infernos onde só há Você.
Gosto de sua Terra.
Gosto de seu povo.
Gosto de sua língua.
Só não gosto de Você.
Você, que não faz o que eu digo.
Que não se parece comigo,
Que me quebra o argumento,
Que me joga no vento.
Que existe como quer.
Você o matou!
Você o degredou.
Você roubou
Meu dinheiro, minha vida, minha fé.
Ah, se ele não tivesse morrido!
Ah, se ele tivesse vivido...
Mas se vivesse, não haveria por que...
Não gostar de Você!
Você que é baixo, que não faz a barba,
Que não come porco, que não aceito o meu peixe
Que reza nos cantos, que não sai no Sábado,
Que bebe vinho, que curte a alegria,
Que ilumina a casa, que canta à mesa,
Que usa chapéu.
É tanta alegria, é tanta ternura
Que me enoja que me mata
De inveja. De dor de cotovelo
Por poder ainda vê-lo
Tão alegre assim.
P.S. Escrito após uma tentativa frustrada de ser evangelizado.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
GOLD MEDAL (medalha de ouro)
Blog decola!!!!
terça-feira, 24 de julho de 2007
Juventude contemporânea
segunda-feira, 23 de julho de 2007
A do Led
Stairway to Heaven
Sonhos doces, azul anil,
Sonhos de 70 décadas, Led Zeppelin,
The Who, Jimmy, Janis Joplin
Loucuras, vida. Amor,
Não chore por mim...
Eu vou voltar
Pra casa, pra nada,
Pra você, mais uma vez
Me ver.
Flautas ao fundo,
Uma voz brilhando no escuro.
Sei que as lojas estarão fechadas,
Sei que verei sorrisos de fachada
E cartazes nas paredes.
Palavras de duplo sentindo,
Pássaros de duplos estilos,
Pegadas de um casal.
Sonho com você...
Suspiro quando olho pro mar
E ouço as vozes dos afogados.
Sonho com você.
Vou voltar nas asas do vento
Sobrevoando estradas
Mais alto que as almas
Por um caminho que você conhece.
E se você escutar com atenção vai saber
quarta-feira, 18 de julho de 2007
PT-BRAsil
Torre São Paulo: PT-BRAsil pouso autorizado
Mas cuidado, pista escorregadia...
Não deu pra acabar a reforma em dia
PT-BRAsil: O ”copila” Calheiros
Deu um pulo no banheiro
Tá dificultando o pouso da gente.
A PPP da revisão prevista pra turbina
Ficou na mesa da Dilma
Numa viagem pra minas.
O dinheiro das passagens
Foi usado em outras viagens
Pra Europa, ou pro Gabão?
No serviço de bordo vamos de Bife
Nacional , um belo prato.
Mas o Lobby da Europa
Tá dizendo que é de gato!!!
Torre São Paulo, PT BRAsil:
Toco antes ou depois?
Torre São Paulo: devia ter tocado
A mão na consciência
Um governo com decência
Não pousa no automático.
Antes, tinha desinflado os juros pneumáticos
Pra não patinar na pista,
Pra não sair na revista:
Um Presidente Revoltado. (Vaia, vaia)
PT-BRAsil: A pista escorregou!!!
Nosso país derrapou.
Nossa aeronave se espatifou.
Nossa carne se estragou.
O congresso (ainda) não fechou.
VIRA, VIRA que não dá....
Oito anos é muito pouco
INFRAERO? Ce tá louco?
...
Deu na televisão:
Hoje, as quinze pra sete da noite, no Aeroporto de Congonhas:
Um avião de médio porte
Em seu toque antes do "aporte",
Escorregou na pista,
E atravessou a avenida,
E um país se incendiou.
No rescaldo 186 milhões de corpos
Não há famílias pra chorar os mortos
O BRASIL não decolou!
terça-feira, 17 de julho de 2007
Viva a Vaia
Uma competição pro mundo ovacionar
Fotógrafos, cinegrafistas, luzes , ação!!!
13, dia de bom sucesso, a sorte no ar.
Sexta-feira quase no fim e um desfile no capim
Do Estádio do Maracanã.
Delegação do Haití (aplausos)
Sucesso diplomático!
Delegação dos Estados Unidos (vaias)
Sucesso da esquerda!
Delegação do Brasil (aplausos)
Sucesso d’uma raça.
O presidente discursará
(vaia, vaia, vaia)
Fome Zero, (vaia zero)
Taxa de Juros naqueles meros...
Tantos por cento (Meireles vaiado)
Petrobrás saqueada (Evo Vaiado)
Bush Etílico, álcool de milho,
Celso Amorim.
Na tribuna o Presidente
Com uivos nos ouvidos,
De ego corrido
Pelos ecos das vaias do Rio.
Alto índice de aprovação,
Altos decibéis de provocação.
Autoridades desatentas
À voz rouca que não contenta
De dar vivas à Democracia.
UUUUUUUUUUUUUUUUH!
Pan Do Rio.... Viva a Vaia.
domingo, 15 de julho de 2007
Boaz Novas Feed - Saiba Tudo!!!!
sábado, 7 de julho de 2007
Número 3
Só falo de mim.
Na minha escrita,
Em versos assim.
Na verga da porta
Meu nome escrito.
Na verdade, a porta
Esconde o inimigo.
Aberta pro mundo
Fechada pra mim.
Meu egoísmo,
Minha atividade,
Minha idade,
Meus versos…
Inversos de mim.
Procuro poesia
Na casa, na asa,
Na massa, na garça…
Mas nada é virtude
Só há decrepitude
Nesta cidade
De ferro e concreto.
Poetas concretos,
Túmulos de concreto;
Para o passado enterrar
E bem longe ficar
De tudo.
Do além
Da poesia
E de mim.
Nada a declarar
Estamos no negócio de comunicação…
Então comunique! Fale!
Faltam as palavras as idéias para dizer o que penso.
Se penso… Ou não em alguma coisa.
O que dizer?
Pergunto a mim mesmo.
Nada pode ser realmente importante
Para dizer num lugar onde pouco se lê.
Onde é mais barato um chip de celular
Que um livro para ler.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Número 5
Quando estiver com raiva, escreve.
Escreve muito até teus dedos cansarem.
Joga no lago das palavras em dicionário
Pedras, bombas, meteoros, canetas.
Deixa os círculos literários misturarem as rimas
E monta um gigante de versos.
Coloca em sua testa os nomes divinos
E o chama de Meu filho!
Envia tua poesia em forma de gigante
Destruir as críticas mentes d’antes.
Salva os irmãos poetas ocultos
Da tirania dos concursos,
Dos trabalhos onde afundam
Seus (já) amargos corações.
Gigante de versos, destrói a canção…
O gosto piegas sem imaginação
Dos poetas fashion, pós-modernos
Pós-poetas, postponed.
Depois volta que serás desmontado.
Será em breve memória do passado
Relembrado na festa do dia da alforria
De poetas amadores, de não-editados ecritores
De leitores, enfim…
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Morre o Senador
O Senador morreu!
Luto comercial…
A canalha federal
Mais uma vez
No destino revés
Perde um Ilustre malvado
Que já fora deputado
Agora é defunto no Senado.
Quando em vida
Prometeu, remeteu
Intrometeu e virou
Presidente do Senado.
Obras, não fez.
Estradas, não fez.
Cargos, estes fez.
Amigos, estes comprou,
Empreiteiras revolucionou.
O Ilustre Senado…
Com poucos honestos
Com um gosto de resto
De Re(s)pública na boca
Não lamenta a morte do Senador
Não festeja sua morte.
O Senador, senhores, na verdade, não morreu!
Foi caçado, impeachmado, execrado,
Amaldiçoado três vezes,
Arrastado nas páginas dos jornais.
Mas, não desanimou e logo mais…
Ressurge como Fênix, de suas próprias cinzas
Numa cadeira azul do Senado
Para mais uma vez amar o poder
E a alma do povo, ao Diabo vender!
Favela
Favela
O chão de terra
Favela
Esgoto no ar
Favela
Uma esquina um bar
Favela
O Estado não chega
Favela
Uma creche não há
Favela
Um pão mortadela?
Favela
Um pipa no ar.
Favela
Tenta ser (H)umano
Favela
Querendo crescer
Favela
Desordenadamente
Favela
Pra dentro do Rio
Favela
Motorista Empregada
Favela
Saída ENEM
Favela
O IML
Favela
Uma prece Amén.
terça-feira, 3 de julho de 2007
A Morte dos Inocentes
Vida, que bela, passando corrente
Vida magrela, na seca pungente.
Vida acontece sem que nem pra quê
Vida fenece sem água a morrer
Vida, que bela, na tela da TV
Versos de vida verdes em flor
Verdes nuvens, gases de horror
Horrores da vida gases, fulgor.
Um verso, uma veia, aberta
No coração do meu continente
Que guarda verdes ditadores
Que sufocam vidas inocentes.