segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Crônica da Indigna-ação

Somos todos culpados... Nem adianta dizer o contrário. Mas culpados de quê? Culpados da situação e da oposição, culpados por sentar em frente à TV e ver o show de misérias, roubo, desvios, assassinatos, improbidades e impunidades.

Plin, Plin, a realidade escrota bate à sua tela. Quem diria...! Nós, justamente nós que ouvimos Bob Marley dizer: “Get up, Stand Up/ Get up for your rights...” vemos tudo isso e comentamos com nosso umbigo: Que vergonha, alguém tem que fazer alguma coisa!

Alguém faz alguma coisa?? Não! Não faz! E Quando faz sempre tem algum oportunista de bandeira e chavão pra dar uma de “Guia Genial dos povos”!

Nós, estudantes estamos preocupados com provas, trabalhos (o vídeo-game das notas), namoros, festas, cerveja, grana, emprego... O que eu vou fazer quando terminar essa faculdade?? Tudo isso é legítimo. Mas ficar vivendo na alienação da vida que alguém nos impõe é LOUCURA. Cadê o “Think for yourself” dos Beatles, ou o espírito do “Do it yourself” dos saudosos Punks? Cadê a juventude?

Acho melhor criar um adjetivo novo pra nos qualificar pode ser imobilitude, ou passivitude, ou mesmo imbecilitude. Não é incrível!

Quando alguém tem a idéia de lutar por seus direitos e por seus deveres tem sempre alguém que diz que somos ultrapassados, utópicos, e outras coisas. Um bom exemplo foi o movimento legítimo da Ocupação da REItoria desta universidade.

Vejam, caros leitores, onde estavam os estudantes da USP que são atingidos pelos, desvios de verba, inépcia da administração universitária e das “mais belas intenções do Governo”? Eu respondo: Estavam em casa cultivando uma barriga enorme de egoísmo e atitude balsé esperando passivamente o fim da Greve, mais preocupados com suas notas, cursos e que se danem os outros.

Somos culpados por perpetuar esta mentalidade ultra-egoísta que elege ladrões, não julga assassinos que glorifica a Lei do Gerson, o Jeitinho Brasileiro. Mas ainda há tempo, até por que enquanto há vida há esperança, devemos agir de forma conjunta objetiva e altruísta para melhorar esta Universidade, para por ordem na casa. O Brasil, amanhã, a nos pertence.

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