quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Olhos espreitados


Para a genial Ellen



Mira espreitada as linhas em branco
Olhos grandes “Betty Boop” de São Paulo.
Mira palavra certeira na mosca da questão
Gênio sorrateiro, sincera opinião.

Mira um corpo deitado num leito,
Mira uma pessoa com dor no peito.
Mira uma cobra e a mata no chão.
Mira o futuro-tristeza, uma saudade sem fim.

Escreveria um soneto
Traria flores de Soweto
Só pra ver o seu sorriso.
Mas confesso...
Sou fraco quase indeciso.

Linhas retas. Cobertas. Quem sou eu?
Difícil imaginação aguçada,
Agulha fina indolor
Que espeta minha mente
Nas tuas estórias sem amor.

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