"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Cercas e Muros.
Pedras amontoadas dividem.
Pedras desgastadas revivem...
Memórias: "Te Amo" escrita
no cinza-verde da brita,
argamassa, concreto bruto.
Boas cercas fazem bons vizinhos.
Boas mesas, finos vinhos.
Boas prosas fazem: escritor.
Boas obras desfazem pecador.
Mas separa da vida, uma cerca erguida
entre mãos que não se tocam,
entre olhos que não se olham,
entre nós.
Construção de humano engenho
trilha de ódio feita com empenho.
Cenho. Fechado. Tradicional e sagrado:
O que é meu é meu, o que é seu é seu.
3 comentários:
"O que é meu,é meu. O que é seu,é seu" isso e pedras....reparaste como a tendência é sempre buscarmos a separação? Ultimamente tem sido assim,sou teu,mas tu não és meu dono. O emprego é meu,mas não minha posse...Enfim...ótimo trabalho o que fazes por aqui...Beijos.
Oi, Cara!
A imagem está magnífica! O poema, um
estrondo de trovão, ao longe!!!!!
Que maravilha! É sempre um prazer enorme visitar seu blog: há sempre algo que me toca. Gostei muitíssimo!!! Meus aplausos!!!!!!!
Um grande abraço,
Oliveira
e o muro é o que esconde uma ignorância... ou um sorriso. muito bom. mesmo! fiquei feliz pelas visitas!
abraços.
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