"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Essas gotas...
Cai sólida como pedra,
gota rola leve como pluma
vida e morte te acompanham.
Nuven sopra, vento negro,
frio, medo, treme a espinha.
- Raio, trovão.
Bumbururumbumbum!
Bombas sobre a cidade
citiada por cidadãos
neste abrigo sem-teto
neto repete o ancião.
Molha tudo, alaga:
moto, carro, caminhão.
Sinal vermelho, amarelo!
Uma batida um martelo,
prefeito, revolução.
Acampa no campo verde,
alva-alta sobrevoa
foi-se a chuva, cio da terra;
na cidade alagamento.
Agora chora pobrezinho
perdeste teu chãozinho
enxurrada o levou.
3 comentários:
é isso mesmo que simples gotas unidas podem fazer...
as vezes trazem alegrias e as vezes muitas tristesas...
adorei cara,poesias do cotidiano...
abraço!!!
Belas imagens, poesia comtemporânea, novos ares...coisa boa!
Parabéns.
ótimo... infelizmente, não é possível mandar na natureza... mas condições mais apropriadas poderiam ser criadas pelas autoridades para evitar danos tão grandes à população.
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