sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Essas gotas...


Cai sólida como pedra,
gota rola leve como pluma
vida e morte te acompanham.

Nuven sopra, vento negro,
frio, medo, treme a espinha.
- Raio, trovão.

Bumbururumbumbum!
Bombas sobre a cidade
citiada por cidadãos
neste abrigo sem-teto
neto repete o ancião.

Molha tudo, alaga:
moto, carro, caminhão.
Sinal vermelho, amarelo!
Uma batida um martelo,
prefeito, revolução.

Acampa no campo verde,
alva-alta sobrevoa
foi-se a chuva, cio da terra;
na cidade alagamento.

Agora chora pobrezinho
perdeste teu chãozinho
enxurrada o levou.

3 comentários:

Caranguejunior disse...

é isso mesmo que simples gotas unidas podem fazer...
as vezes trazem alegrias e as vezes muitas tristesas...
adorei cara,poesias do cotidiano...
abraço!!!

Giu Missel disse...

Belas imagens, poesia comtemporânea, novos ares...coisa boa!

Parabéns.

Thiago Borges disse...

ótimo... infelizmente, não é possível mandar na natureza... mas condições mais apropriadas poderiam ser criadas pelas autoridades para evitar danos tão grandes à população.