"Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." Alberto Caeiro
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Já vai... Vai com D's e as Pulgas!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
A Liberdade não Morre!
Bem via em seu rosto uma promessa
de dignidade e alegria a seu povo.
Bem ouvia sua voz gritada de mãe,
a liberdade a sua direita.
Bem queria sua volta pra cidade.
Chorei quando você saiu,
briguei por sua volta.
E você esteve, mais uma vez, entre nós.
Lenço sobre o cabelo, colar de flores
pelas ruas de Karachi e Islamabad.
Seu perfume embriaga nosso sentido
e nos indica o rumo certo para juntos
vivermos unidos sob o crescente,
sob as estrelas, sob nossa bandeira.
Benazir não morreu, seu ideal só cresceu.
Agora junto a Allah ela olhará por todos nós...
do Paquistão, do Brasil, do mundo.
Como queria ouvir sua voz na ONU,
como queria lhe ver de pronto
na posse da república.
Mas agora, você sai da terra dos homens
e se torna presidenta eterna
da liberdade dos corações.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Unidos
na janela os alecrins enfeitam
a figura da mãe de avental.
E a avó de negro luto, eterno, por meu avô.
Meu pai guarda as ovelhas trás-os-montes,
e de longe, ouço os primos chamarem da vinha.
Vinha nossa que tanto nos alegrou.
Do outro lado deste mar de palavras
que esta dita língua encerra
hei de navegar co’as velas do Gama
a rever os mouros lugares
cheio de parentes negros
que estão a cantar fados lusitanos.
Vou chorar abraçado na festa,
nosso coração maior que o mundo.
Mundo pequeno para nossa saudade.
Saudade, sentimento Português por nós herdado
como filhos de luso que também somos.
E nas lágrimas e palavras de nossas noivas e esposas
o salgado mar, apesar da distância, apesar dos sotaques,
Agora nos une e não separa.
Nas ruas de Atlanta...
Nas ruas de Atlanta lembrei-me de ti,
chorei ao ver a lusa bandeira no mastro hasteada.
Palavras, imensidades d’além mar, a minha terra.
Um negro aproximou-se:
- És português?
- Do Brasil venho, irmão de África.
Abraçamo-nos chorosos,
lágrimas salgadas de mar, distâncias do coração.
Filhos emocionados de América e África...
Perseguidos, escravizados, unidos,
pela bandeira verde-vermelha.
Na mente tua presença constante...
a ti sentimos, por ti pensamos, contigo cantamos.
Esta língua, a última flor do Lácio,
inculta e bela, nossa vida, a expressão.
Por terras das imensidades perdidas
famílias de marinheiros, comerciantes,
viajantes e poetas formaste.
Tanto mar de poetas afogados,
tantas histórias por ti contadas...
Minha língua, minha alma
por ti emociono, por ti sonho.
Muito tempo estive longe de ti,
não quero mais me separar.
As belezas das outras me são perturbadoras,
mas a ti não canso, nunca, d’ouvir...
Teus esses e erres, teus sons labiais.
Digo Ser e Estar. E sei que
quando do avião descer
teus sons, novamente, vão correr.
Língua Portuguesa, Brasileira, Africana...
em teu seio somos por ti.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Para a água pálida tingir
Escrevi canções de alegria serena
Que qualquer criança gostaria de ouvir”
Mais o tempo passou tão depressa
Que o canto do pastor não ouvi.
Meu carneiro foi tosquiado
Por uma ribeirinha que não conheci.
O exército branco se impôs sobre minha cabeça
Em poucos anos, no espelho não me reconheci
Mas a pena trabalha, ainda, serena
Escrevendo canções, criando emoções
Em todo aquele que pára pra ouvir.
acordes descompassados
de amor apoplético.
Ouve que te clamam...
vozes perdidas, distantes,
na multidão de braços ao alto
Ouve que te reclamam...
do preço da vida,
por não haver bebida
que alegre o coração.
Ouve que te deixam...
tuas idéias falidas,
rotas de tanto usar
escondiam tua alma
que agora jaz calma
no anonimato do inconsciente.
Ouve que te vem...
Horas de prazer,
de saboroso gosto com:
Novos acordes
Novas vozes
Novas esperanças
Novas idéias
Nova-idade.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Poema de Amor 2 (Sonho)
Poema de Amor I
Palavras, palavras para que servem?
Palavras pra dizer, bem-dizer, mau-dizer.
Palavras pra escrever, descrever, inscrever
sons nas páginas vermelhas dum coração.
Palavras pra agradar, agraciar, agarrar o livro da fé.
Palavras pra exprimir, pra espremer os olhos na noite escura.
Palavras pra você!
Nenhuma palavra pode significar, não pode.
Palvras cheias de significado próximas a você
vazam sentidos, revezam gemidos;
consulsos de amor.
Palvras ... Palavras pra quê?
Não existem palavras para você.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
CPMF
Azul
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
que não podia agüentar.
No fundo sabia...
que podia colapsar.
No fundo jazia sem nada fazer.
No fundo, bem no fundo
onde a luz chega pouca.
No fundo do céu da boca
uma palavra que seca,
pois nunca veio ao mundo.
No fundo dos olhos o brilho opaco.
No fundo da alma lhe falta um pedaço.
No fundo do poço é mais leve o ar.
Tão fundo em si que não pode dizer,
tão fundo na vida, não há o que fazer,
tão fundo no escuro, sufoca o sono.
Assim lá no fundo,
tão fundo em nada
a vida se apaga sem ter solução.
Gotas
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Canção Poerrista
Sob
domingo, 7 de outubro de 2007
Via em mim.
Sou um péssimo poeta
ninguém me lê.
Sou uma péssima pessoa
ninguém me vê.
Mas lá no alto...
um olho, um ouvido, uma voz.
A experiência só minha
É D's que me chama.
Stop! Kaballah e Sufismo
Não estão em meu íntimo
Na verdade não aprendi
a perceber a Vida perto de mim.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Agência
Tenho as mãos trêmulas,
Um sorriso nos lábios,
Uma lágrima no olho, e,
Um coração frio
Apesar dos trinta graus.
Aqui no templo, o sacerdote serve café preto...
Arquitetura circular:
Da xícara, do prédio, da câmara
Onde dorme o corpo de notas
Da divindade do valor das coisas.
Olho sereno para o círculo do tempo
São dez para as cinco.
O meu sorriso mostra ansiedade
Pelo movimento da fuga para a liberdade
Nascida sem forma
Da boca redonda duma garrafa de cerveja.
Tarde de Sol
No meio da tarde paro
vejo raios caindo no chão
levanto os olhos pro céu, um sol
por trás da pequena nuvem.
Neste momento,
quantos olhos olharam prum sol?
Quantos raios caem do céu?
Não sei.
Meus olhos por trás das lentes de contato
tocam, o Sol, este Sol - meu só -
de onde escorrem raios luminosos
por dentro da nuvem fria
e banham de calor esta tarde.
Este céu este Sol
Tarde nuvem
São bem meus,
só eu os vejo.
domingo, 23 de setembro de 2007
Riso sério
Antes de chorar escolhi rir,
Do erro do outro, o acerto do tempo;
Contradição:
como morto enterrado no vento.
Rir não é assim fácil,
é trágico gargalhar.
Este chorar macio
a dor de mergular
[em si]
Chorar não vale
resseca, oprime...
Rir estravasa, transborda,
me deixa imune.
Pessoalmente prefiro esquecer de mim...
Para crescer, baixando ao fundo do poço
Jovem-menino e sair um moço
que é sério de riso e reflete com olhar.
Paraíso S/A
o paraíso perdido.
Do outro lado da rua
Tod'aquele sentido
de coisa que deve ser,
mas sempre, nunca é.
Est' avenida longa,
minha risada zonza,
Barracos na margem,
A pobreza e a Globo.
Rio disto e me assombro:
Riqueza, mídia e miséria.
Paraíso na terra,
Grana como capim,
Shopping Center Morumbi.
Consumir sua alma...
Não fechamos. Compre aqui:
Biscoito de chocolate,
garrafa de conhaque,
felicidade a granel,
Amores vagabundos.
O paraíso, hoje,
não está mais no céu.
Uma palavra
Uma velha é palavra
Uma cela é palavra
Uma vela é palavra.
O concreto é só concreto
duro, rijo sem se dizer,
mas na ment'o sentimento
em palavra vai viver.
A idade'o tempo
a ruga, o cabelo branco
misturam-se nesta massa
de letras desordenadas.
Liberdade aprsionada
na cabeça do vilão
cerciado por palavras
em barras e paredes, a prisão.
Luz diáfana que foge
pela janela do escritor
vela no escuro por mim
um vidro, ferro esta palavra
que brilha.
Ciência Poética
olha tudo com avidez
faz objeto - melancolia
traz tudo com lucidez.
Olha's coisas bem de perto
'strututa do concreto
é palavra, é o verbo
frase cadenciada...
em 'spaço mitigado.
Sua mão palavra é
palavras no sopé
da montanha-pensamento
Qu'em palavra se firmou.
O poeta da palavra
pega tudo e bate bem
na rima rica, clara,
ritmo: Um, dois va'e vem.
Faz do mundo um soneto
verso, estrofe, alusão.
Vai a Piza, nu' momento
tem o sol em sua mão.
Realidade possível
verso verde a virar.
Poesi'em plena lavra
Do universo...
Mina de palavras.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Sua escolha
Dístico
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Crônica da Indigna-ação
Plin, Plin, a realidade escrota bate à sua tela. Quem diria...! Nós, justamente nós que ouvimos Bob Marley dizer: “Get up, Stand Up/ Get up for your rights...” vemos tudo isso e comentamos com nosso umbigo: Que vergonha, alguém tem que fazer alguma coisa!
Alguém faz alguma coisa?? Não! Não faz! E Quando faz sempre tem algum oportunista de bandeira e chavão pra dar uma de “Guia Genial dos povos”!
Nós, estudantes estamos preocupados com provas, trabalhos (o vídeo-game das notas), namoros, festas, cerveja, grana, emprego... O que eu vou fazer quando terminar essa faculdade?? Tudo isso é legítimo. Mas ficar vivendo na alienação da vida que alguém nos impõe é LOUCURA. Cadê o “Think for yourself” dos Beatles, ou o espírito do “Do it yourself” dos saudosos Punks? Cadê a juventude?
Acho melhor criar um adjetivo novo pra nos qualificar pode ser imobilitude, ou passivitude, ou mesmo imbecilitude. Não é incrível!
Quando alguém tem a idéia de lutar por seus direitos e por seus deveres tem sempre alguém que diz que somos ultrapassados, utópicos, e outras coisas. Um bom exemplo foi o movimento legítimo da Ocupação da REItoria desta universidade.
Vejam, caros leitores, onde estavam os estudantes da USP que são atingidos pelos, desvios de verba, inépcia da administração universitária e das “mais belas intenções do Governo”? Eu respondo: Estavam em casa cultivando uma barriga enorme de egoísmo e atitude balsé esperando passivamente o fim da Greve, mais preocupados com suas notas, cursos e que se danem os outros.
Somos culpados por perpetuar esta mentalidade ultra-egoísta que elege ladrões, não julga assassinos que glorifica a Lei do Gerson, o Jeitinho Brasileiro. Mas ainda há tempo, até por que enquanto há vida há esperança, devemos agir de forma conjunta objetiva e altruísta para melhorar esta Universidade, para por ordem na casa. O Brasil, amanhã, a nos pertence.
sábado, 25 de agosto de 2007
Na biblioteca
vai a saia de linho.
Branca, leve, rodada,
da moça malvada
que não olha pra mim.
De caderno nos braços
uma ruga no rosto
só pra ver o código
deste livro que queres.
Assentada à mesa
com os olhos vidrados
nestas páginas beges
algum poema tu lês.
Mal sabes que te olho
vejo tua figura
que leve flutua
na biblioteca.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Olhos espreitados
Olhos grandes “Betty Boop” de São Paulo.
Mira palavra certeira na mosca da questão
Gênio sorrateiro, sincera opinião.
Mira um corpo deitado num leito,
Mira uma pessoa com dor no peito.
Mira uma cobra e a mata no chão.
Mira o futuro-tristeza, uma saudade sem fim.
Escreveria um soneto
Traria flores de Soweto
Só pra ver o seu sorriso.
Mas confesso...
Sou fraco quase indeciso.
Linhas retas. Cobertas. Quem sou eu?
Difícil imaginação aguçada,
Agulha fina indolor
Que espeta minha mente
Nas tuas estórias sem amor.
Nau dos LoUcOS
Que a reboque de braços
Felizes, famintos e brancos.
Vai...
E navegam amontoados
Por terra-de-ninguém.
Este jogo da maré um eterno vai-e-vem,
Enjoa e enoja a suja tripulação.
-Coringa, capitão sem mal
Pra onde leva esta estranha canoa?
Pr’um porto seguro
De Damão ou de Goa?
-Levo pra Pasárgada
Onde as praias não têm mar,
Pras baías retas de Shangri-lá.
Vou rever a minha amada
Que não vive mais por lá.
Içar velas, toda força à frente
À bombordo a Europa,
À estibordo d’ Ocidente.
Reis, filósofos e estudantes,
Padres e ricos comerciantes
Todos são desta tripulação.
Que navega nuvens ocas
Dum céu repleto de focas.
sábado, 18 de agosto de 2007
Junk Poem
Usa peças, engrenagens, diodos, barris
Estas são suas tintas numa insuspeita tela.
A tela é o chão de um galpão
O cimento frio, branco, é o fundo
Para de coisas sem valor recriar
Imagens, mensagens, pastagens
De mestres passados.
“Põe mais porcas aqui,
Põe mais metal lá no alto.”
Panos vermelhos, restos azuis
Compõe uma obra de Caravaggio.
Um lago de peças, uma imagem no chão,
Uma tela repleta de arames e vãos.
A pintura do mestre é lembrada, relida.
Um Narciso de lixo olha sua imagem
Alguns séculos depois numa junk miragem
Panorama de Palavras
Vejo o mundo como palavra.
E Tudo é frase, verso, vida.
Palavras enxergo em tudo
Ouvi-las é conhecer o mundo.
Palavras que vejo nas coisas...
Ouço-as nas coisas,
Vejo-as como elas são.
Letras juntas, código divino,
Linguagem, e – Fiat –
Fez-se palavra concreta
De significados completa.
Contexto (in)verso, realidade crônica.
Sentimentos expressos
Rápidos de dizer,
São movimentos internos
Impossíveis de conter.
Língua deste mundo
Mudo que brinca
Co’a frase, co’a vírgula
E ponto final.
domingo, 12 de agosto de 2007
Matthew Sweeney's poetry workshop
I leave this at your ear for when you wake…”
WS Graham
De teus sonhos ricos de alto quilate.
Pois quem sonha adormece a realidade
Que devora, que estoura os tímpanos cansados.
O dia arrebenta a retina do céu
Vermelho com estrelas
Salpicando de sangue tua alma dormente.
Toca o acorde: BIP, BIP no fundo dos olhos.
Imóvel na beira deste colchão
O sonho não acaba a vida desaba
Em tua cabeça por cima da mesa
Do café da manhã que ainda não tomaste.
Acorda, levanta sem medo.
O dia estala, a estrela se cala
Convulsões, bocejos.
Abre os olhos e escuta
A mensagem ouvista
Que leguei pra ti.
sábado, 11 de agosto de 2007
Movimento e Repouso
hUmaNos
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
O Soberano
As mãos trêmulas de medo
Areia escorre e morre no chão.
Água escorre entre os dedos
As mãos molhadas secam cedo
O oceano cheio de gotas que (em) vão.
Luz do sol a pino
A sombra cobrindo
O semicírculo do dia,
Estações vazias
Movimento na via
A lua pálida, lânguida
Em seu eterno ir-e-vir
Marcando o ciclo imaginário
O Aparente breviário
De religiosos físicos.
Pêndulo suíço
Carrilhão de minha avó
Big Ben. Londres que não conheço.
Círculo Perfeito, silêncio sueco.
Ponteiro barroco, números Romanos.
Olhos no marcador vermelho
Digital, na marginal ilha do pensamento
Onde 1 + 1 é muito mais que dois
120 segundos trocados sem garbo.
Onde está meu Tic-tac?
E as formas pendulares?
“Ele não existe os homens é que mudam.”
“Ele é dinheiro.”
O Mais soberano dos deuses.
“A única fortuna da inteligência.”
“O transformador da vida.”
“A imagem móvel da eternidade imóvel.”
“Aquele que tudo devora.”
Senhoras e Senhores o Soberano
Tempo
domingo, 29 de julho de 2007
Paulo de Tarso
Não suporto Você!
Sua cor, seu cabelo,
Sua barba, sua fé!
Tudo me enoja.
Tudo me embrulha
O estômago, as mãos,
A vida. E a envia
Aos infernos onde só há Você.
Gosto de sua Terra.
Gosto de seu povo.
Gosto de sua língua.
Só não gosto de Você.
Você, que não faz o que eu digo.
Que não se parece comigo,
Que me quebra o argumento,
Que me joga no vento.
Que existe como quer.
Você o matou!
Você o degredou.
Você roubou
Meu dinheiro, minha vida, minha fé.
Ah, se ele não tivesse morrido!
Ah, se ele tivesse vivido...
Mas se vivesse, não haveria por que...
Não gostar de Você!
Você que é baixo, que não faz a barba,
Que não come porco, que não aceito o meu peixe
Que reza nos cantos, que não sai no Sábado,
Que bebe vinho, que curte a alegria,
Que ilumina a casa, que canta à mesa,
Que usa chapéu.
É tanta alegria, é tanta ternura
Que me enoja que me mata
De inveja. De dor de cotovelo
Por poder ainda vê-lo
Tão alegre assim.
P.S. Escrito após uma tentativa frustrada de ser evangelizado.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
GOLD MEDAL (medalha de ouro)
Blog decola!!!!
terça-feira, 24 de julho de 2007
Juventude contemporânea
segunda-feira, 23 de julho de 2007
A do Led
Stairway to Heaven
Sonhos doces, azul anil,
Sonhos de 70 décadas, Led Zeppelin,
The Who, Jimmy, Janis Joplin
Loucuras, vida. Amor,
Não chore por mim...
Eu vou voltar
Pra casa, pra nada,
Pra você, mais uma vez
Me ver.
Flautas ao fundo,
Uma voz brilhando no escuro.
Sei que as lojas estarão fechadas,
Sei que verei sorrisos de fachada
E cartazes nas paredes.
Palavras de duplo sentindo,
Pássaros de duplos estilos,
Pegadas de um casal.
Sonho com você...
Suspiro quando olho pro mar
E ouço as vozes dos afogados.
Sonho com você.
Vou voltar nas asas do vento
Sobrevoando estradas
Mais alto que as almas
Por um caminho que você conhece.
E se você escutar com atenção vai saber
quarta-feira, 18 de julho de 2007
PT-BRAsil
Torre São Paulo: PT-BRAsil pouso autorizado
Mas cuidado, pista escorregadia...
Não deu pra acabar a reforma em dia
PT-BRAsil: O ”copila” Calheiros
Deu um pulo no banheiro
Tá dificultando o pouso da gente.
A PPP da revisão prevista pra turbina
Ficou na mesa da Dilma
Numa viagem pra minas.
O dinheiro das passagens
Foi usado em outras viagens
Pra Europa, ou pro Gabão?
No serviço de bordo vamos de Bife
Nacional , um belo prato.
Mas o Lobby da Europa
Tá dizendo que é de gato!!!
Torre São Paulo, PT BRAsil:
Toco antes ou depois?
Torre São Paulo: devia ter tocado
A mão na consciência
Um governo com decência
Não pousa no automático.
Antes, tinha desinflado os juros pneumáticos
Pra não patinar na pista,
Pra não sair na revista:
Um Presidente Revoltado. (Vaia, vaia)
PT-BRAsil: A pista escorregou!!!
Nosso país derrapou.
Nossa aeronave se espatifou.
Nossa carne se estragou.
O congresso (ainda) não fechou.
VIRA, VIRA que não dá....
Oito anos é muito pouco
INFRAERO? Ce tá louco?
...
Deu na televisão:
Hoje, as quinze pra sete da noite, no Aeroporto de Congonhas:
Um avião de médio porte
Em seu toque antes do "aporte",
Escorregou na pista,
E atravessou a avenida,
E um país se incendiou.
No rescaldo 186 milhões de corpos
Não há famílias pra chorar os mortos
O BRASIL não decolou!
terça-feira, 17 de julho de 2007
Viva a Vaia
Uma competição pro mundo ovacionar
Fotógrafos, cinegrafistas, luzes , ação!!!
13, dia de bom sucesso, a sorte no ar.
Sexta-feira quase no fim e um desfile no capim
Do Estádio do Maracanã.
Delegação do Haití (aplausos)
Sucesso diplomático!
Delegação dos Estados Unidos (vaias)
Sucesso da esquerda!
Delegação do Brasil (aplausos)
Sucesso d’uma raça.
O presidente discursará
(vaia, vaia, vaia)
Fome Zero, (vaia zero)
Taxa de Juros naqueles meros...
Tantos por cento (Meireles vaiado)
Petrobrás saqueada (Evo Vaiado)
Bush Etílico, álcool de milho,
Celso Amorim.
Na tribuna o Presidente
Com uivos nos ouvidos,
De ego corrido
Pelos ecos das vaias do Rio.
Alto índice de aprovação,
Altos decibéis de provocação.
Autoridades desatentas
À voz rouca que não contenta
De dar vivas à Democracia.
UUUUUUUUUUUUUUUUH!
Pan Do Rio.... Viva a Vaia.
domingo, 15 de julho de 2007
Boaz Novas Feed - Saiba Tudo!!!!
sábado, 7 de julho de 2007
Número 3
Só falo de mim.
Na minha escrita,
Em versos assim.
Na verga da porta
Meu nome escrito.
Na verdade, a porta
Esconde o inimigo.
Aberta pro mundo
Fechada pra mim.
Meu egoísmo,
Minha atividade,
Minha idade,
Meus versos…
Inversos de mim.
Procuro poesia
Na casa, na asa,
Na massa, na garça…
Mas nada é virtude
Só há decrepitude
Nesta cidade
De ferro e concreto.
Poetas concretos,
Túmulos de concreto;
Para o passado enterrar
E bem longe ficar
De tudo.
Do além
Da poesia
E de mim.
Nada a declarar
Estamos no negócio de comunicação…
Então comunique! Fale!
Faltam as palavras as idéias para dizer o que penso.
Se penso… Ou não em alguma coisa.
O que dizer?
Pergunto a mim mesmo.
Nada pode ser realmente importante
Para dizer num lugar onde pouco se lê.
Onde é mais barato um chip de celular
Que um livro para ler.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Número 5
Quando estiver com raiva, escreve.
Escreve muito até teus dedos cansarem.
Joga no lago das palavras em dicionário
Pedras, bombas, meteoros, canetas.
Deixa os círculos literários misturarem as rimas
E monta um gigante de versos.
Coloca em sua testa os nomes divinos
E o chama de Meu filho!
Envia tua poesia em forma de gigante
Destruir as críticas mentes d’antes.
Salva os irmãos poetas ocultos
Da tirania dos concursos,
Dos trabalhos onde afundam
Seus (já) amargos corações.
Gigante de versos, destrói a canção…
O gosto piegas sem imaginação
Dos poetas fashion, pós-modernos
Pós-poetas, postponed.
Depois volta que serás desmontado.
Será em breve memória do passado
Relembrado na festa do dia da alforria
De poetas amadores, de não-editados ecritores
De leitores, enfim…
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Morre o Senador
O Senador morreu!
Luto comercial…
A canalha federal
Mais uma vez
No destino revés
Perde um Ilustre malvado
Que já fora deputado
Agora é defunto no Senado.
Quando em vida
Prometeu, remeteu
Intrometeu e virou
Presidente do Senado.
Obras, não fez.
Estradas, não fez.
Cargos, estes fez.
Amigos, estes comprou,
Empreiteiras revolucionou.
O Ilustre Senado…
Com poucos honestos
Com um gosto de resto
De Re(s)pública na boca
Não lamenta a morte do Senador
Não festeja sua morte.
O Senador, senhores, na verdade, não morreu!
Foi caçado, impeachmado, execrado,
Amaldiçoado três vezes,
Arrastado nas páginas dos jornais.
Mas, não desanimou e logo mais…
Ressurge como Fênix, de suas próprias cinzas
Numa cadeira azul do Senado
Para mais uma vez amar o poder
E a alma do povo, ao Diabo vender!
Favela
Favela
O chão de terra
Favela
Esgoto no ar
Favela
Uma esquina um bar
Favela
O Estado não chega
Favela
Uma creche não há
Favela
Um pão mortadela?
Favela
Um pipa no ar.
Favela
Tenta ser (H)umano
Favela
Querendo crescer
Favela
Desordenadamente
Favela
Pra dentro do Rio
Favela
Motorista Empregada
Favela
Saída ENEM
Favela
O IML
Favela
Uma prece Amén.